O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Fortaleza registrou 120,7 pontos em setembro. Isso representa um crescimento de 1,7% em relação a agosto de 2024, quando o índice estava em 118,7 pontos. A alta do ICC sugere uma melhora na percepção da situação econômica atual, com reflexos no potencial de consumo nos últimos meses do ano. O estudo é realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) da Fecomércio Ceará.
A evolução do ICC decorreu das variações dos seus dois componentes, sendo que o Índice de Situação Presente (ISP) apresentou aumento de 3,0%, passando de 108,8 pontos em agosto, para 112,1 pontos em setembro. Já o Índice das Expectativas Futura (IEF) subiu 1,0% no mês, atingindo 126,5 pontos, como pode ser visto na tabela 1 a seguir:
Expectativa dos consumidores
Em setembro, 53,6% dos entrevistados avaliaram o período como propício para a aquisição de bens duráveis. O perfil dos consumidores com perspectiva favorável quanto ao momento de compra destaca-se pelo predomínio do grupo masculino, com 56,9% das respostas afirmativas, do estrato de consumidores com idade entre 18 e 24 anos (60,1%) e da classe com renda familiar superior a dez salários-mínimos (73,5%).
O estudo também mostra que 73,9% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 86,7% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.
Quanto à percepção do ambiente econômico nacional, 63,2% dos consumidores entrevistados acreditam na melhora do cenário nos próximos doze meses, o que indica confiança na economia brasileira, resultado influenciado pela recente melhoria do mercado de trabalho e evolução do PIB.
Pretensão de compra
Apesar da melhora no indicador de confiança, o índice de intenção de compra em Fortaleza apresentou redução de 5,6 pontos percentuais em setembro, passando de 42,4% em agosto para 36,8% neste mês. O resultado também está abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, quando se situava em 42,4%.
A pesquisa revela que a intenção de compra é maior entre os consumidores do sexo masculino (40,0%), na faixa etária de 18 a 24 anos (48,8%) e entre aqueles com renda familiar mensal entre cinco e dez salários-mínimos (46,7%).
O valor médio das compras é calculado em R$ 630,17 e a lista dos itens mais procurados se encontra a seguir:
I. Artigos de vestuário, citados por 18,8% dos entrevistados;
II. Televisores (18,4%);
III. Geladeiras e refrigeradores (17,1%);
IV. Móveis e artigos de decoração (13,3%);
V. Máquina de lava roupa (12,4%);
VI. Aparelhos de telefonia celular e smartphones (12,3%); e
VII. Calçados (12,0%).