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Os novos compostos foram inspirados em moléculas que são facilmente isoladas do cerne dos ipês (Foto: Álvaro Graça Jr. - UFC)

Ipês: novas moléculas prometem tratar o câncer de maneira mais eficiente e com menos efeitos colaterais

Quando florescem, os tão brasileiros ipês preenchem as paisagens de beleza e encanto, em um convite à contemplação que desafia a pressa da vida cotidiana. Lançando um olhar para além da apreciação, cientistas, há mais de um século e meio, descobriram nessas plantas compostos que podem combater tumores em seres humanos.

Os muitos anos de pesquisa mostraram, contudo, que essas moléculas isoladas da natureza possuem algumas limitações que comprometem uma ação mais poderosa no combate ao câncer, em especial o fato de atacarem tanto células cancerígenas quanto saudáveis.

Entretanto, as características dessas moléculas serviram de inspiração para que pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com outras instituições, desenvolvessem novos compostos quimioterápicos para combater tumores. Agora, eles analisam o potencial deste invento em superar as limitações encontradas na natureza.

Nos testes já aplicados, as novas moléculas sintetizadas em laboratório apresentaram uma ação não só mais potente contra o câncer como garantiram o que os cientistas chamam de uma maior seletividade. Isso significa que esses compostos possuem um potencial de atacar prevalentemente as células cancerígenas, preservando as células normais do organismo.

“Os testes realizados até o momento foram in vitro. Ainda precisamos partir para os testes em modelos animais e em pessoas. Se os resultados forem promissores, será possível desenvolver um novo protótipo de fármaco para tratamento contra o câncer com menos efeitos colaterais para os pacientes”, explica a professora do Departamento de Fisiologia e Farmacologia Cláudia do Ó Pessoa, uma das responsáveis pelo invento.

Os estudos seguem avançando e, conforme a pesquisadora, estão mirando em novas estratégias para o combate ao câncer de próstata, de ovário e de mama. O invento, que acaba de ganhar sua carta-patente, é tema de reportagem da Agência UFC, o veículo de divulgação científica da Universidade.

Fonte: Profª Cláudia do Ó Pessoa, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFC
As informações são da Agência UFC
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Imagem: Alvaro Graça Jr. – UFC

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